Inimigo domesticado Deixarei, silente, o medo escorrer pelas pontas dos dedos. Liberto, transformar-se-á em palavra, E dirá coisas impuras, aprisionadas há tempos, Revelando a lascívia dissimulada. Deixarei que escrache com todos os meus desejos, Que descreva o corpo, que desnude a alma. E quando esgotarem-se os segredos, Retomarei as rédeas do medo em minha palma. Deixarei que se rebele em exíguos momentos, Sem que perceba ser manipulado. E o farei cúmplice de meus tormentos, Inimigo rebelde domesticado. Ly Sabas
Enviado por Ly Sabas em 12/07/2006
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