Ly Sabas

Basta de poemas para depois... (Mário Quintana)

Textos


Testemunhas


O corpo estava caído em alguma parte do jardim.
Talvez entre o poste rococó e o canteiro de gardênias.
Estava caído lá e só quem viu seus últimos tropeços foi o anão velho desbotado.
Depois veio o gato preto.
Encontrou os dois copos no banco de pedra do caramanchão.
Fugiu, eriçado, para cima do muro.
E de lá viu, com suas pupilas dilatáveis, a mulher dar a última tragada no cigarro,
entrar no conversível vermelho, acelerar e partir... 




Ly Sabas
Enviado por Ly Sabas em 24/10/2005
Alterado em 30/06/2009
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